Conceitualização

Para ideias novas , termos novos.

Para a comunicação de novas ideias é fundamental que os conceitos relevantes sejam reforçados, e para uma comunicação ideal, novos termos são criados, e isso acontece com muita frequência no campo da ciência. O termo Neuroarte Cognição é um bom exemplo disso.

ARTE

Palavra de origem latina, arsartis, significa técnica, habilidade natural ou adquirida, maneira de ser ou de agir. Segundo o dicionário Houaiss, arte é a “produção consciente de obras, formas ou objetos, voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana”.

Na verdade, a arte transforma a forma de imaginar e de entender o mundo. É uma forma de um indivíduo expressar as suas emoções, história e cultura por meio de valores estéticos, como beleza, harmonia e equilíbrio. Por meio da história da arte, é possível conhecer um pouco mais sobre o ser humano através da evolução das suas diversas expressões, ou conhecer a história e as tradições de um país através de suas manifestações culturais.

NEURO/ NERVO

Sufixo nominal, de origem grega, que exprime a ideia de nervo. Termo que indica relação com nervo ou sistema nervoso,

Do latim Nervus, que significa corda, tendão.
A palavra grega correspondente é Neuron que pode ter derivado do grego Neuein, mancar, cambalear, o equivalente latino de nutare.
Provavelmente os gregos já sabiam que lesões dos nervos pudessem causar claudicação.
Hipócrates usava este termo para designar qualquer estrutura tubular ou filiforme que tivesse aparência esbranquiçada e consistência endurecida e não distinguia entre os atuais nervos e tendões.
Foi Aristóteles quem restringiu o termo aos nervos, ideia adotada por Galeno.

NEUROARTE

É um termo proposto para ilustrar as relações quânticas entre o cérebro humano, o sistema nervoso, o corpo e as expressões artísticas e os mundos que a consciência estrutura e constrói.

Fonte: Instituto de Neuroartes in New York 

NEUROARTE COGNIÇÃO

É um termo que surgiu a partir dos resultados de pesquisa entre o Afflorar Cor e Forma e Fundação de Neurologia e Neurocirurgia/ Instituto do Cérebro da Bahia, definido como o processo, que utiliza arte profunda, com seus segredos e mistérios transformadores, onde o indivíduo entra em contato com sua própria estética, na busca e conquista do gesto criador. Nesse processo dois focos principais são evidenciados, a descoberta do seu potencial latente e uma profunda intervenção no cérebro, agindo de forma supervisionada na sua organização, estruturação e estímulo.  Em resumo, trata-se de um estímulo externo direcionado ao cérebro, utilizando a neuroplasticidade, que nada mais é, que a capacidade do cérebro, de se modificar estruturalmente, quimicamente e funcionalmente. A NEUROARTE COGNIÇÃO se divide em : Neuroarte  Terapêutica, Neuroarte Aprendizagem, Neuroarte Profissionalizante e Neuroarte Corporativa. Tudo o processo acontece, com a aplicação do Método Pensar 3D, desenvolvido ao longo de anos de pesquisa, testado em mais de 5000 pessoas, tudo devidamente catalogado e registrado.

MÉTODO PENSAR 3D

Esse método foi desenvolvido, com o intuito de servir como ponte facilitadora no processo expressivo das artes plásticas. Não partindo do princípio, de que o dom inato seja o fundamental para o resultado expressivo final.  O método aposta na mudança da visão e na reprogramação cerebral para o controle total da motricidade em todos os seus aspectos.

Esse sistema didático tem as seguintes bases que norteiam seu conteúdo:

Foco na mudança geral da visão, enquanto a grande maioria foca apenas a observação do objeto de estudo.

Na metodologia mais importante que copiar, é a interpretação das medidas do universo.

A percepção da proporção intuitiva das coisas, sobrepõe as medidas mais exatas do que se vai retratar.

Para tudo tem uma indicação facilitadora para o primeiro passo, fugindo do binômio acerto e erro. Errar e acertar é menos efetivo que que tentar certo de forma mais fácil, assim com a repetição na direção acertada consolida com mais rapidez memória.

Como a cópia limita muito a criatividade e frusta a falta de semelhança, pelo método aposta-se na estimulação pela criatividade e imaginação perceptiva.

Enquanto no geral o manuseio do material é pouco focado, no Pensar 3D, o profundo conhecimento dos materiais é suma importância.

Enquanto para os demais, é grande a luta para se chegar o mais prefeito possível ao modelo, no nosso método a fluência recebe mais ênfase. A fluência é mais importante que a perfeição.

Enquanto na grande maioria o foco é na importância de se fazer 3D, nosso processo prioriza o pensar 3d.

Como no senso comum a expressividade artística deve ser livre, os alunos na maioria, escolhem o próprio caminho a percorrer durante sua produção. Essa na verdade, deveria ser a escolha ideal, porém na visão do método que apresentamos,  por questão didática estabelecemos para eles fases definidas, nas quais ele precisam saber quando uma termina e outra se inicia. Com o tempo a segurança de conseguir finalizar algo de qualidade, permitirá que ele escolha sua própria jornada, de forma independente e autônoma, conseguindo assim se superar e gerencias as frustrações.

Essa visão é aplicada em todas as formas expressivas das artes, o que varia são apenas, as especificidade dos diversos materiais.

Esse método promove também a ativação neural e o equilíbrio neuro emocional, usando ‘cor e forma’ dentro do, que utiliza da neuroplasticiade cerebral e a consolidação da memória como base para sua aplicação. Assim sendo, logra êxito em importantes questões como: raciocínio lógico; interpretação; pensamento crítico; modulação meditativa; superação de expectativas; gestão de tempo; organização; ganho de visão ampliada; domínio da memória; aumento da percepção de espacialidade; maturação da persistência; ampliação da cognição; atenção e foco; concentração; aumento da visão tridimensional; controle da ansiedade e aumento da autoestima.

NEUROPLASTICIDADE

A neuroplasticidade refere-se à capacidade de modificação do cérebro quanto à sua funcionalidade. 

Antigamente acreditava-se que os caminhos e circuitos do cérebro eram geneticamente pré-determinados. No entanto, atualmente, os estudos mostram que o cérebro tem a capacidade de modificar, não apenas a partir do nascimento, mas durante toda a vida adulta. Não é só na infância e em resposta ao dano do cérebro que os efeitos da neuroplaticidade podem ser observados. Muitas pesquisas científicas têm demonstrado que os neurônios estão constantemente se conectando e formando caminhos, em resposta à aprendizagem.

Quando o tema é a neuroplasticidade, é impossível não mencionar Dr. Michael Merzenich da Universidade da Califórnia, em San Francisco que há mais de 30 anos atua em pesquisas  de investigação científica sobre o cérebro. Ele e outros cientistas desenvolveram um programa especial de aprendizagem a partir do conhecimento da  plasticidade cerebral. Dr.Merzenich é internacionalmente conhecido e figura como membro da Academia Nacional de Ciências e também é o diretor científico da Posit Science, empresa responsável pelo desenvolvimento do BrainHQ. Muitos neurocientistas têm descrito a plasticidade do cérebro como a grande descoberta da medicina moderna. A neuroplasticidade refere-se à capacidade de modificação do cérebro quanto à sua funcionalidade. 

Antigamente acreditava-se que os caminhos e circuitos do cérebro eram geneticamente pré-determinados. No entanto, atualmente, os estudos mostram que o cérebro tem a capacidade de modificar, não apenas a partir do nascimento, mas durante toda a vida adulta. Não é só na infância e em resposta ao dano do cérebro que os efeitos da podem ser observados. Muitas pesquisas científicas têm demonstrado que os neurônios estão constantemente se conectando e formando caminhos, em resposta à aprendizagem. Em seus artigos e livros ele explica que os exercícios cerebrais para atuar na modificação plástica do cérebro precisam ter o caráter repetitivo e ao mesmo tempo ser instigantes.

MEMÓRIA

Apesar dos avanços recentes, a ciência ainda não compreende totalmente a maneira como guardamos e organizamos as lembranças. Sabemos, por exemplo, que existem fatores que influenciam positiva e negativamente na aptidão para reter informações, números e fatos. Exercício físico, boa alimentação, estudar e ler fortalecem a memória. Já pancadas, depressão, isolamento social, estresse e envelhecimento prejudicam.

A todo momento, captamos diversos estímulos do ambiente por meio da visão, da audição, do olfato, do paladar e do tato.  As informações que são úteis para nossa vida são enviadas ao cérebro por meio de sinais elétricos.

A primeira etapa de armazenamento é a memória de curto prazo, que dura segundos. Se o fato não é importante, como o telefone de uma pizzaria, logo acaba esquecido. Caso tenha relevância, é despachado para outras instâncias da cabeça.

As memórias de longo prazo duram semanas, anos ou décadas e estão guardadas nas sinapses, as conexões entre os neurônios, quanto mais forte essa ligação, mais inesquecível será a lembrança. Elas são divididas em duas modalidades:

  • Memórias explícitas
    São aquelas que podem ser descritas por meio de palavras e frases. Há dois subgrupos:
  • Episódica: relacionada a eventos e datas bem delimitados – a recordação de seu casamento ou aquela viagem a Paris.
  • Semântica: abrange o significado de símbolos e objetos sem um tempo definido. Você sabe o que é lápis, placa, bola…
  • Memórias implícitas
    Processos que fazemos no famoso piloto automático. Existem três tipos:
  • Adquirida: ocorre quando se percebe algo previamente. É o caso de reconhecer a música ao ouvir os primeiros acordes.
  • De procedimento: capacidade de fazer operações sem pensar diretamente nelas. O exemplo clássico é andar de bicicleta.
  • Associativa: trata-se da resposta natural a algum estímulo externo, como salivar ao ver uma rosquinha apetitosa.
Fontes:
Ivan Izquierdo, neurologista e coordenador do Centro de Memória da pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul; Jéssica Elias Vicentini, neuropsicóloga e doutoranda do laboratório de neuroimagem da Universidade Estadual De Campinas (SP); Leonardo Cruz de Souza, neurologista da Universidade Federal de Minas Gerais.